Nos dias 23 e 24 de abril, o Sindicato dos Metalúrgicos de Ponta Grossa e Região marcou presença no Seminário de Formação e Organização para Negociação da Reestruturação Produtiva, promovido pela IndustriALL Global Union. O evento reuniu dirigentes sindicais dos estados do Paraná e de Santa Catarina, com o objetivo de fortalecer a atuação sindical frente aos desafios da reestruturação produtiva, um fenômeno cada vez mais presente nas indústrias brasileiras e globais.
Representando o sindicato, participaram o presidente Claudir Messias da Rosa e o dirigente Jeferson Palhão, o Miudinho, que avaliou positivamente a participação da entidade. “Nosso sindicato teve uma atuação destacada, o que reforça o nosso compromisso com uma atuação sindical combativa, preparada e conectada com os desafios internacionais. Inclusive, estamos entre os convidados para a próxima etapa do projeto, ao lado de representantes suecos”, destacou Miudinho.
O seminário é parte de um projeto internacional chamado Union to Union, desenvolvido com apoio do sindicalismo sueco e da IndustriALL Brasil, e busca capacitar lideranças para lidar com os impactos negativos da reorganização das cadeias produtivas, como a precarização, a terceirização e a perda de direitos. A formação trouxe debates sobre o papel do Estado, das políticas públicas e dos sindicatos na proteção do trabalhador diante das novas dinâmicas do capital.
Entre os temas abordados estavam:
• A importância das redes sindicais para mapear as condições de trabalho;
• A construção de acordos coletivos globais e nacionais;
• Estratégias para eliminar postos precários e garantir mais dignidade;
• O papel das convenções coletivas como ferramenta de resistência.
Para o presidente Claudir Messias, esse tipo de formação é fundamental para que os sindicatos estejam à frente na luta por direitos. “Precisamos entender como as transformações globais impactam o chão de fábrica aqui na nossa região. Participar desses espaços nos fortalece e nos prepara para proteger os empregos e lutar por condições dignas de trabalho”, afirmou.
A reestruturação produtiva não é apenas um conceito distante: ela está presente nas decisões que afetam diretamente a vida de trabalhadoras e trabalhadores. Por isso, o sindicato segue investindo em formação, articulação e mobilização para garantir que ninguém fique para trás.
