A Gestão Metalurgente do Sindicato dos Metalúrgicos de Ponta Grossa e Região, juntamente com a Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR), reafirmaram seu compromisso com a defesa da educação pública ao participarem do Congresso Regional da APP-Sindicato, realizado no Colégio Estadual Presidente Kennedy. A campanha “Não Venda Minha Escola” foi o foco principal do evento, que visa impedir a privatização das escolas públicas no Paraná.
O congresso contou com a presença de Jeferson Palhão, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Ponta Grossa e Região e representante da CUT-PR. Em seu discurso, Jeferson destacou a importância de unir forças para proteger a educação pública, ressaltando o impacto negativo que a privatização teria não apenas para professores e alunos, mas para toda a sociedade.
“Os filhos dos trabalhadores, em sua maioria, estudam em escolas públicas. A privatização dessas instituições ameaça o futuro das nossas crianças e jovens, além de precarizar ainda mais as condições de trabalho dos profissionais da educação. Precisamos garantir que a educação pública continue sendo um direito de todos, sem discriminação ou custos adicionais”, afirmou Jeferson Palhão.
Argumentos Contra a Privatização
A APP-Sindicato e a Gestão Metalurgente defendem que uma educação 100% pública e de qualidade é essencial para o desenvolvimento do estado e do país. Entre os argumentos apresentados contra a privatização estão:
Impacto na Qualidade e Acessibilidade: As escolas públicas são reconhecidas por serem as melhores para o aprendizado, conforme indicam pesquisas educacionais. A privatização pode levar à cobrança de matrículas, uniformes e materiais didáticos, além de possíveis recusas de matrículas, prejudicando as famílias de trabalhadores que dependem da educação gratuita.
Custo Elevado para o Estado: A proposta do governador Ratinho Jr. prevê que empresas assumam a gestão das escolas, recebendo R$ 800 por estudante, além de bonificações. Para uma escola com 1000 alunos, isso representará um gasto de R$ 9,6 milhões ao ano, com um lucro imediato de R$ 1,15 milhão para a empresa, tudo financiado com recursos públicos.
Ruptura de Vínculos Comunitários: Professores(as) e funcionários(as) que conhecem a realidade das escolas podem ser demitidos(as) ou pressionados(as) a sair. Novas contratações poderão ser feitas sem o conhecimento adequado da comunidade escolar, o que pode impactar negativamente a qualidade do ensino e a relação entre escola e comunidade.
Eliminação de Programas Específicos: A privatização pode acabar com o ensino noturno e turmas de alfabetização para adultos e jovens, prejudicando ainda mais as comunidades que dependem desses serviços para melhorar suas condições de vida e trabalho.
A Gestão Metalurgente do Sindicato dos Metalúrgicos de Ponta Grossa e Região e a CUT-PR chamam todos os trabalhadores e cidadãos a se unirem nesta luta pela defesa da escola pública. “Defender a escola pública é defender o futuro dos nossos filhos e a dignidade dos trabalhadores. Não podemos permitir que a educação se torne um privilégio de poucos”, concluiu Jeferson Palhão.
Confira algumas fotos do evento: